Pois, como torcedor do Bahia tenho esta dúvida.

Se esperas que narre  sobre nossos títulos e resultados, pode parar de ler aqui.

Pois disso já não existem mais dúvidas.

O Bahia foi um dos primeiros na democratização dos clubes.

Foi o primeiro time a ter uma mascote mulher e negra.

O Bahia fez o jogo pela luta dos povos indígenas,  das pessoas com deficiência, das mães com filhos deficientes, entre outros como intolerância religiosa, machismo e homofobia.

E hoje, me surpreende homenageando o mês da consciência negra, enumerando 20 nomes, os quais ditos a seguir.

Aparecem como se fossem jogadores da próxima partida.

1- Zumbi dos Palmares

2- Milton Santos

3- Dandara

4- Moa do Katendê

5-Luiza Bairros

6- Ganga Zumba

7- Maria Felipa

8- Mãe Menininha

9- Luis Gama

10- Batatinha

11- Ederaldo Gentil

12- Neguinho do Samba

13- Mestre Bimba

14- Luísa Mahin

15- Jonatas Conceição

16- Teodoro Sampaio

17- Biriba

18- Carlito

19- Manoel Queiroz

20- Edison Carneiro

E me pego tentando concluir este texto, e a única coisa que me vem a mente é que isso não é só futebol.

Nunca foi só futebol.

As 4 linhas são apenas detalhes.

Certa feita eu escrevi algo que virou frase modelo, disse que “o torcedor do Bahia não gosta de futebol, ele gosta é do Bahia”…

Parece simples, mas isso resume tudo.

O Bahia é um parente, um ente querido que precisa de nós.

E como todo parente de sangue, temos que nos doar.

É como se o Bahia estivesse na fila de um transplante, e nós tivéssemos que doar um pedaço de nós, e o impressionante é que mesmo sem ganhar nada, aparecem 40 mil doadores prontos para morrer nesta transfusão.

E é por isso que volto pra casa satisfeito em não ter resposta alguma sobre o porquê dessa paixão.

Apenas sei que escolhi o time certo. E disso eu tenho certeza.

 
Renato Rosal – Cirurgião Dentista  – Sócio do E.C. Bahia, Membro da RT e do grupo BMV.