Promovido pela Revolução Tricolor (RT), a apresentação durou quase quatro horas e contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, entre membros da RT, convidados e sócios que se inscreveram mediante divulgação nas redes sociais.
O evento começou com Guilherme, Vítor e Pedro Henriques, atual vice-presidente do Clube e membro da Revolução Tricolor, sendo convidados a comporem a mesa, havendo Pedro iniciado sua fala com uma breve apresentação, contando um pouco da história da RT, de como ela surgiu e porque foi formada.
Antes da apresentação do plano de gestão, Vítor Ferraz fez questão de registrar a presença de Rogério Pithon, filho de Antônio Pithon, falecido há cerca de dois anos. Ex-Presidente da Federação Baiana de Futebol e do Esporte Clube Bahia, ele também foi idealizador do Fazendão e o arquiteto que projetou a antiga sede de praia do Clube.
Guilherme também teceu elogios à pessoa de Antônio Pithon e Vítor concluiu afirmando que o que faltou para ele na época em que presidiu o Clube, entre 1996 e 1997, foi uma base de apoio dos sócios e da torcida, que somente pode ser proporcionada depois da abertura do Clube e da instauração da democracia tricolor.
Após essa singela homenagem, Guilherme e Vítor apresentaram, por quase duas horas e meia, os diversos aspectos do plano de gestão. Guilherme didaticamente esclareceu os elementos norteadores do plano, com base em um diagnóstico da fase atual do Bahia após a intervenção, chamada de fase da dignidade, pois se trata do momento em que o Clube readquire nome e força no meio do futebol, sendo reconhecido no mercado como um clube saneado, com uma administração profissional e que honra suas obrigações com colaboradores e fornecedores.
O futebol brasileiro profissional passou por três grandes fases em relação às receitas obtidas, conforme explicou Guilherme, sendo a primeira relacionada aos maiores ganhos com bilheteria do estádio, o que ocorreu até por volta do final dos anos 80. A segunda fase se caracteriza com o patrocínio de empresas diretamente aos clubes ou clubes-empresa, a exemplo da aliança Parmalat-Palmeiras. Por fim, a fase atual, na qual há vários patrocinadores explorando espaços nas camisas dos clubes, foi explicada e restou a pergunta: e agora, o que virá?
O próprio Guilherme respondeu a pergunta demonstrando o conceito de disruptura no futebol, momento no qual o marketing deixará de sair da fase “analógica” e passará para a fase “digital”, e afirmou que esta disruptura não virá dos clubes que atualmente detém a hegemonia financeira no futebol nacional, mas sim de quem está à margem das maiores receitas e arrecadações, sendo citados como paralelo no mercado empresarial os exemplos, dentre outros, da Uber e do Airbnb, empresas que em pouco tempo passaram de desconhecidas a protagonistas em seu mercado de atuação.
Os vários temas e aspectos da gestão de um moderno clube de futebol profissional foram apresentados ao público. Assim, Vítor Ferraz discorreu sobre assuntos diversos, da captação e formação de jovens atletas à necessidade de investimento em equipamentos modernos de condicionamento físico ou para a realização de exames a fim de prevenir cansaço físico ou lesões nos atletas.
A recuperação do patrimônio do Bahia também foi tema destacado por Vítor, que esclareceu a situação identificada após o período da intervenção e os acordos firmados desde a gestão de Fernando Schmidt e as dificuldades enfrentadas para a resolução das pendências, envolvendo a recuperação judicial da OAS, prefeituras, cartórios etc., porém, com uma perspectiva favorável de possível transferência para o Bahia, até o final do ano, da propriedade da Cidade Tricolor, do Fazendão e do terreno anexo envolvidos na negociação.
Após uma breve pausa para um coffee-break, com direito a frutas como uva e mamão com açúcar, foi a vez de os sócios e torcedores fazerem perguntas, momento em que a plateia pode interagir mais diretamente e expor os anseios, aflições e desejos da nação tricolor, sendo todas as perguntas respondidas, conforme salientado por Vítor, não com base no que seria fácil ou simples de responder, mas sim consoante a visão de uma administração profissional baseada em um plano de gestão com alicerces em valores e princípios, dentre eles, o da responsabilidade financeira.
Pouco antes das 13:30 h, o evento foi encerrado com os tradicionais gritos de BBMP!, com todos os presentes imbuídos da certeza de estarmos em busca de fazer o melhor para o Esporte Clube Bahia nos próximos três anos de gestão.
Em breve, o plano de gestão, que se encontra em fase final de revisão e consolidação, será lançado e divulgado para que toda a nação tricolor possa ter acesso e conhecer as propostas da base aliada.
Agradecemos à administração do Congrats Hall, o mais novo espaço para eventos da cidade do Salvador, na pessoa de Ascânio Manoel Bina, a cessão do espaço e da infraestrutura necessária para a realização do evento.
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