Um dos maiores alvos de críticas por parte de grupos de oposição é o “programa do Esquadrão”, que vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 18h às 19h, na Rádio Sociedade. Alguns, já em clima de campanha antecipada, chegam ao ponto de propor acabar com a iniciativa caso vençam as próximas eleições.  Os antigos jabazeiros, evidente, adoraram a ideia. Não por acaso eles têm aberto bastante espaço em seus veículos para a divulgação dessas correntes.

 

Em pouco tempo, o programa do Esquadrão se consolidou como líder de audiência entre os programas esportivos – e é claro que isso incomoda os que antes dominavam o horário. Além disso, o dinheiro que antes era destinado a pequenas propagandas distribuídas por diversas rádios – que davam pouco retorno ao Bahia, mas agradavam a parcela da imprensa que recebia esses recursos – passou a ser concentrado em um investimento próprio.

 

Do ponto de vista dos interesses do Clube (que é o que importa pra nós, torcedores) o que é melhor: distribuir esse dinheiro para alguns setores da imprensa ou usá-lo em uma iniciativa nossa?

 

A resposta parece óbvia.

 

Ainda assim, é importante destacar que, no final das contas, as diversas ações de marketing relacionadas com o programa acabam por garantir seu próprio financiamento. Sem contar que, como é transmitido tanto em FM (102,5) quanto AM (740), acaba atingindo praticamente todo estado, contribuindo com a divulgação e interiorização da marca.

 

Fato é que todos os que acompanham a vida do Clube sabem que a atual gestão tem levado a sério o compromisso de manter uma relação profissional com a imprensa, no lugar dos favores e jabás que dominaram o período pré-intervenção. Claro que isso incomoda – e muito – os que outrora eram beneficiados, e não é por acaso que são estes os que mais batem na diretoria.

 

Cabe a nós, torcedores, a habilidade de discernir as críticas saudáveis e justas (afinal, os erros, quando cometidos, têm mesmo que ser apontados e a parcela séria da imprensa deve ter toda liberdade para fazê-lo) do mais puro charlatanismo que tem apenas um objetivo: influenciar o voto do sócio para, quem sabe, fazer retornar o tempo do jabá.

 

Nós vamos permitir que isso aconteça?

 

Por Caio Botelho – Sócio do Esporte Clube Bahia